sábado, 20 de novembro de 2010

Guiné-Bissau



 COMO TUDO COMEÇOU


A influência da língua portuguesa no país começou no século XV,quando o governo português estava procurando um caminho marítimo para chegar às Índias,a fim de fazer comércio. Porém, para azar dos povos desses países, os navegadores lusitanos “descobriram” e ancoraram nessas terras que serviriam para ser exploradas. Inicialmente, a exploração foi lusitana, passando mais tarde a ser de toda a Europa.
A exploração acontecia de várias maneiras, contudo, a escravização era a mais cruel de todas. Esses nativos escravizados eram vendidos e trazidos para o Brasil, que nessa época também era colônia portuguesa, e os índios que habitavam o país eram também escravizados.
Foi desta colonização africana que surgiram as línguas crioulas, ou ditas pidgin, também chamada de língua de contato, que é o nome dado a qualquer língua criada de forma espontânea, de uma mistura de outras línguas, e serve de meio de comunicação entre os falantes de idiomas diferentes, O pidgin tem normalmente gramáticas rudimentares e um vocabulário restrito, servindo como línguas de contato auxiliar. São improvisadas e não são aprendidas de forma nativa. A preocupação pela origem das mudanças lingüísticas que vieram a configurar a gramática do Português Brasileiro voltou a reacender as discussões dos lingüistas em torno da hipótese de origem crioula.








LITERATURA DA GUINÉ-BISSAU

A literatura no país foi tardia devido ao atraso do aparecimento de condições sócio-culturais, propícias ao surgimento de vocações literárias. Esse atraso deveu-se, sobretudo ao fato da Guiné-Bissau ser uma colônia de exploração e não de povoamento, tendo estado por longo período sob a tutela do governo geral da colônia de Cabo-Verde.A literatura no país pode ser divida em quatro fases: A fase anterior a 1945; o período entre 1945 e 1970; de 1970 a 1980; e a partir de 1990.

A fase anterior a 1945

Autores marcados pelo cunho colonial

Os primeiros escritos no território guineense foram produzidos por escritores estabelecidos ou que viveram muitos anos na Guiné, muitos deles de origem cabo-verdiana.A maior parte das suas obras tem um caráter histórico ,com exceção da de Fausto Duarte(1903-1955),que se destacou como romancista,Juvenal Cabral e Fernando Pais Figueiredo ,ambos ensaístas,Maria Archer,poetisa do exotismo,Fernanda de Castro,cuja obra dá conta das transformações sociais da colônia na época e João Augusto Silva,que recebeu o primeiro prêmio de literatura colonial.Porém,a maior parte destes autores caracterizaram-se por uma abordagem paternalista ou próxima do discurso colonial.Durante esse período apenas uam figura guineense se destaca :o Cônego Marcelino Marques de Barros, que deixou trabalhos no domínio da etnografia,nomeadamente “ A literatura dos negros” e uma colaboração com caráter literário,dispersa em obras diversas.A ele se deve a recolha e a tradução de contos e canções guineenses em diferentes publicações e numa obra editada em Lisboa em 1990,intitulada “Contos ,Canções e Parábolas”.


II. O PERÍODO ENTRE 1945 E 1970

Uma poesia de combate

Neste período surgem os primeiros poetas guineenses: Vasco Cabral e António Baticã Ferreira, Amilcar Cabral, com uma dupla ligação à Guiné e Cabo Verde, faz também parte desta geração de escritores nacionalistas. A literatura deste período caracteriza-se pelo surgimento da poesia de combate que denuncia a dominação, a miséria e o sofrimento, incitando à luta de libertação.
Embora os primeiros poemas de Amilcar Cabral revelem um autor cabo-verdiano, a maior parte da sua obra literária é dominada por um cunho universalista, marcada pela contestação e incitação à luta.




III. DOS ANOS 1970 AO FIM DOS ANOS 1980

Uma literatura exclusivamente poética: da poesia de combate à poesia intimista

Com a independência do país, surge uma vaga de jovens poetas, cujas obras impregnadas de um espírito revolucionário, manifestam um caráter social. Os autores mais representativos são: Agnelo Regalla, António Soares Lopes (Tony Tcheca), José Carlos Schwartz, Helder Proença, Francisco Conduto de Pina, Félix Sigá.
O colonialismo, a escravatura e a repressão são denunciados por esses autores que, no pós independência imediata apela para a construção da Nação e invocam a liberdade e a esperança num futuro melhor. O tema da identidade é abordado através de diferentes situações: a humilhação do colonizado, a alienação ou assimilação e a necessidade de afirmação da identidade nacional.
Note-se, porém que a questão de identidade não é apresentada como um fator de oposição entre o indivíduo e a sociedade na qual este evolui. Ela é analisada como um conflito pessoal do indivíduo, procura identificar-se com as suas raízes, da qual foi afastado pela assimilação colonial. Por conseguinte, nesta abordagem não se põe em causa a pertença do indivíduo à sociedade em questão.
As primeiras publicações poéticas surgiram em 1977, com a edição da primeira antologia “Mantenhas para quem luta”, editada pelo Conselho Nacional da Cultura. No ano seguinte, é publicada a “Antologia dos novos poetas / primeiros momentos da construção”. Estas duas obras consagram uma poesia que estimula à reconstrução do jovem país. Ainda em 1978, Francisco Conduto de Pina publicou o seu primeiro livro de poemas “Garandessa di nô tchon” e Pascoal D’Artagnan Aurigema editou “Djarama”,Helder Proença publicou em 1982  “Não posso adiar a palavra”  com duas obras poéticas.Em 1990, surgiu uma nova coletânea poética, a “Antologia Poética da Guiné-Bissau” editada em Lisboa pela Editorial Inquérito, reunindo obras de quinze poetas, dos quais a maioria produz ainda uma poesia característica desta época.

IV. A PARTIR DA DÉCADA DE 1990
Uma poesia mais intimista
O desencantamento dos sonhos da pós-independência imediato fez com que a euforia revolucionária abrisse espaço a uma poesia que se tornou mais pessoal, mais intimista, com a deslocação dos temas: Povo-Nação para o Indivíduo. Outros temas passaram a inspirar a criação literária, tais como o amor. De entre os seus autores citemos: Helder Proença, Tony Tcheca, Félix Sigá, Carlos Vieira, Odete Semedo.Embora o português continue a ser a língua dominante na poesia guineense, o recurso ao crioulo tornou-se mais frequente, quer pela escrita em crioulo, quer pela utilização de termos e expressões crioulas em textos em português. Várias são as publicações que dão conta destas inovações na literatura Bissau – guineense:  “O Eco do Pranto” de Tony Tcheca em 1992, uma antologia temática sobre a criança, editada pela Editorial Inquérito em Lisboa; ”O silêncio das gaivotas” em 1996, o segundo livro de poemas de Francisco Conduto de Pina; “Kebur – Barkafon di poesia na kriol”, uma recolha de poemas em crioulo, editada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) em 1996; “Entre o Ser e o Amar”, uma recolha bilíngue português-crioulo de poemas de Odete Semedo, publicada também pelo INEP em 1996,“ Noites de insônia em terra adormecida”, um outro livro de poemas de Tony Tcheka publicado também em 1996 e “Um Cabaz de Amores  - Une corbeille d’amours”, recolha bilíngue português-francês de poemas de Carlos Edmilson Vieira, publicada em 1998 pelas Editions Nouvelles du Sud em Paris.As primeiras bandas desenhadas de Fernando Júlio, exclusivamente em crioulo, apareceram na década de oitenta. Trata-se essencialmente de sátiras sociais que tiveram um grande sucesso. A música, onde a poesia crioula tem quase a exclusividade, foi também marcada pela exultação da reconstrução nacional.
A prosa
Em 1993 a prosa aparece na literatura contemporânea bissau-guineense. Foi Domingas Sami que inaugurou este estilo com uma recolha de contos “A escola” sobre a condição feminina na sociedade nacional. Em 1994, surge o primeiro romance de Abdulai Silá, “Eterna Paixão” , que publicou outros dois romances: “A última tragédia”, traduzido para francês e “Mistida”em 1997. Na sua obra Silá põe em destaque a coabitação na sociedade colonial das duas comunidades presentes, a colonizadora e a colonizada. A transição para uma sociedade pós-colonial onde uma nova elite saída da luta de libertação se instala no poder, fazendo contrastar o seu discurso revolucionário com uma prática desastrosa no governo do país, é visitada pela pluma atenta do escritor. O seu romance “Mistida” publicado um ano antes do início da guerra  civil de 1998/1999, é considerada pelos críticos literários como uma obra profética. Em 1997, Carlos Lopes, autor de numerosas obras de caráter histórico, sociológico e político, inaugura a sua incursão na literatura nacional com a publicação  de “Corte Geral”, uma recolha de crônicas, na qual, com muito humor, descreve situações reveladoras do surrealismo que caracteriza  a sociedade guineense de todos os tempos.Um outro escritor se impõe em 1998 na cena literária: Filinto Barros, com o seu primeiro romance “Kikia Matcho”,que mergulha o leitor no mundo mágico e místico africano, abordando a vida decadente da capital nos anos 1990 e o sonho falhado que representa a emigração.
Em 1999, Filomena Embaló publicou também o seu primeiro romance, “Tiara”, que levanta o véu do delicado tema da integração familiar e social no seio da própria sociedade africana. Carlos Edmilson Vieira, em 2000, editou “Contos de N’Nori”, uma recolha de contos que evocam lendas e costumes populares, recordações de brincadeiras da juventude e as mudanças sociais e políticas da sociedade guineense. Constata-se que a literatura contemporânea bissau-guineense, nas suas diversas formas, tem uma constante : pela pluma dos seus escritores, ela retrata as desilusões, os medos e as aspirações da população perante a situação política, social e econômica que prevalece no país.


















Referência:
Disponível em: http; //www.didinho.org/resenhaliteraria.html.  
                       : http://portuguesafrica.com/unidade_de_ensino.htm.

 Acesso em:30/10/10.                                        
                                                  





  
COMO TUDO COMEÇOU

GUINÉ-BISSAU


A influência da língua portuguesa no país começou no século XV,quando o governo português estava procurando um caminho marítimo para chegar às Índias,a fim de fazer comércio. Porém, para azar dos povos desses países, os navegadores lusitanos “descobriram” e ancoraram nessas terras que serviriam para ser exploradas. Inicialmente, a exploração foi lusitana, passando mais tarde a ser de toda a Europa.
A exploração acontecia de várias maneiras, contudo, a escravização era a mais cruel de todas. Esses nativos escravizados eram vendidos e trazidos para o Brasil, que nessa época também era colônia portuguesa, e os índios que habitavam o país eram também escravizados.
Foi desta colonização africana que surgiram as línguas crioulas, ou ditas pidgin, também chamada de língua de contato, que é o nome dado a qualquer língua criada de forma espontânea, de uma mistura de outras línguas, e serve de meio de comunicação entre os falantes de idiomas diferentes, O pidgin tem normalmente gramáticas rudimentares e um vocabulário restrito, servindo como línguas de contato auxiliar. São improvisadas e não são aprendidas de forma nativa. A preocupação pela origem das mudanças lingüísticas que vieram a configurar a gramática do Português Brasileiro voltou a reacender as discussões dos lingüistas em torno da hipótese de origem crioula.

         EXEMPLOS DO VACABULÁRIO CRIOULO DE BASE PORTUGUESA:







LITERATURA DA GUINÉ-BISSAU

A literatura no país foi tardia devido ao atraso do aparecimento de condições sócio-culturais, propícias ao surgimento de vocações literárias. Esse atraso deveu-se, sobretudo ao fato da Guiné-Bissau ser uma colônia de exploração e não de povoamento, tendo estado por longo período sob a tutela do governo geral da colônia de Cabo-Verde.A literatura no país pode ser divida em quatro fases: A fase anterior a 1945; o período entre 1945 e 1970; de 1970 a 1980; e a partir de 1990.

A fase anterior a 1945

Autores marcados pelo cunho colonial

Os primeiros escritos no território guineense foram produzidos por escritores estabelecidos ou que viveram muitos anos na Guiné, muitos deles de origem cabo-verdiana.A maior parte das suas obras tem um caráter histórico ,com exceção da de Fausto Duarte(1903-1955),que se destacou como romancista,Juvenal Cabral e Fernando Pais Figueiredo ,ambos ensaístas,Maria Archer,poetisa do exotismo,Fernanda de Castro,cuja obra dá conta das transformações sociais da colônia na época e João Augusto Silva,que recebeu o primeiro prêmio de literatura colonial.Porém,a maior parte destes autores caracterizaram-se por uma abordagem paternalista ou próxima do discurso colonial.Durante esse período apenas uam figura guineense se destaca :o Cônego Marcelino Marques de Barros, que deixou trabalhos no domínio da etnografia,nomeadamente “ A literatura dos negros” e uma colaboração com caráter literário,dispersa em obras diversas.A ele se deve a recolha e a tradução de contos e canções guineenses em diferentes publicações e numa obra editada em Lisboa em 1990,intitulada “Contos ,Canções e Parábolas”.


II. O PERÍODO ENTRE 1945 E 1970

Uma poesia de combate

Neste período surgem os primeiros poetas guineenses: Vasco Cabral e António Baticã Ferreira, Amilcar Cabral, com uma dupla ligação à Guiné e Cabo Verde, faz também parte desta geração de escritores nacionalistas. A literatura deste período caracteriza-se pelo surgimento da poesia de combate que denuncia a dominação, a miséria e o sofrimento, incitando à luta de libertação.
Embora os primeiros poemas de Amilcar Cabral revelem um autor cabo-verdiano, a maior parte da sua obra literária é dominada por um cunho universalista, marcada pela contestação e incitação à luta.




III. DOS ANOS 1970 AO FIM DOS ANOS 1980

Uma literatura exclusivamente poética: da poesia de combate à poesia intimista

Com a independência do país, surge uma vaga de jovens poetas, cujas obras impregnadas de um espírito revolucionário, manifestam um caráter social. Os autores mais representativos são: Agnelo Regalla, António Soares Lopes (Tony Tcheca), José Carlos Schwartz, Helder Proença, Francisco Conduto de Pina, Félix Sigá.
O colonialismo, a escravatura e a repressão são denunciados por esses autores que, no pós independência imediata apela para a construção da Nação e invocam a liberdade e a esperança num futuro melhor. O tema da identidade é abordado através de diferentes situações: a humilhação do colonizado, a alienação ou assimilação e a necessidade de afirmação da identidade nacional.
Note-se, porém que a questão de identidade não é apresentada como um fator de oposição entre o indivíduo e a sociedade na qual este evolui. Ela é analisada como um conflito pessoal do indivíduo, procura identificar-se com as suas raízes, da qual foi afastado pela assimilação colonial. Por conseguinte, nesta abordagem não se põe em causa a pertença do indivíduo à sociedade em questão.
As primeiras publicações poéticas surgiram em 1977, com a edição da primeira antologia “Mantenhas para quem luta”, editada pelo Conselho Nacional da Cultura. No ano seguinte, é publicada a “Antologia dos novos poetas / primeiros momentos da construção”. Estas duas obras consagram uma poesia que estimula à reconstrução do jovem país. Ainda em 1978, Francisco Conduto de Pina publicou o seu primeiro livro de poemas “Garandessa di nô tchon” e Pascoal D’Artagnan Aurigema editou “Djarama”,Helder Proença publicou em 1982  “Não posso adiar a palavra”  com duas obras poéticas.Em 1990, surgiu uma nova coletânea poética, a “Antologia Poética da Guiné-Bissau” editada em Lisboa pela Editorial Inquérito, reunindo obras de quinze poetas, dos quais a maioria produz ainda uma poesia característica desta época.

IV. A PARTIR DA DÉCADA DE 1990
Uma poesia mais intimista
O desencantamento dos sonhos da pós-independência imediato fez com que a euforia revolucionária abrisse espaço a uma poesia que se tornou mais pessoal, mais intimista, com a deslocação dos temas: Povo-Nação para o Indivíduo. Outros temas passaram a inspirar a criação literária, tais como o amor. De entre os seus autores citemos: Helder Proença, Tony Tcheca, Félix Sigá, Carlos Vieira, Odete Semedo.Embora o português continue a ser a língua dominante na poesia guineense, o recurso ao crioulo tornou-se mais frequente, quer pela escrita em crioulo, quer pela utilização de termos e expressões crioulas em textos em português. Várias são as publicações que dão conta destas inovações na literatura Bissau – guineense:  “O Eco do Pranto” de Tony Tcheca em 1992, uma antologia temática sobre a criança, editada pela Editorial Inquérito em Lisboa; ”O silêncio das gaivotas” em 1996, o segundo livro de poemas de Francisco Conduto de Pina; “Kebur – Barkafon di poesia na kriol”, uma recolha de poemas em crioulo, editada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) em 1996; “Entre o Ser e o Amar”, uma recolha bilíngue português-crioulo de poemas de Odete Semedo, publicada também pelo INEP em 1996,“ Noites de insônia em terra adormecida”, um outro livro de poemas de Tony Tcheka publicado também em 1996 e “Um Cabaz de Amores  - Une corbeille d’amours”, recolha bilíngue português-francês de poemas de Carlos Edmilson Vieira, publicada em 1998 pelas Editions Nouvelles du Sud em Paris.As primeiras bandas desenhadas de Fernando Júlio, exclusivamente em crioulo, apareceram na década de oitenta. Trata-se essencialmente de sátiras sociais que tiveram um grande sucesso. A música, onde a poesia crioula tem quase a exclusividade, foi também marcada pela exultação da reconstrução nacional.
A prosa
Em 1993 a prosa aparece na literatura contemporânea bissau-guineense. Foi Domingas Sami que inaugurou este estilo com uma recolha de contos “A escola” sobre a condição feminina na sociedade nacional. Em 1994, surge o primeiro romance de Abdulai Silá, “Eterna Paixão” , que publicou outros dois romances: “A última tragédia”, traduzido para francês e “Mistida”em 1997. Na sua obra Silá põe em destaque a coabitação na sociedade colonial das duas comunidades presentes, a colonizadora e a colonizada. A transição para uma sociedade pós-colonial onde uma nova elite saída da luta de libertação se instala no poder, fazendo contrastar o seu discurso revolucionário com uma prática desastrosa no governo do país, é visitada pela pluma atenta do escritor. O seu romance “Mistida” publicado um ano antes do início da guerra  civil de 1998/1999, é considerada pelos críticos literários como uma obra profética. Em 1997, Carlos Lopes, autor de numerosas obras de caráter histórico, sociológico e político, inaugura a sua incursão na literatura nacional com a publicação  de “Corte Geral”, uma recolha de crônicas, na qual, com muito humor, descreve situações reveladoras do surrealismo que caracteriza  a sociedade guineense de todos os tempos.Um outro escritor se impõe em 1998 na cena literária: Filinto Barros, com o seu primeiro romance “Kikia Matcho”,que mergulha o leitor no mundo mágico e místico africano, abordando a vida decadente da capital nos anos 1990 e o sonho falhado que representa a emigração.
Em 1999, Filomena Embaló publicou também o seu primeiro romance, “Tiara”, que levanta o véu do delicado tema da integração familiar e social no seio da própria sociedade africana. Carlos Edmilson Vieira, em 2000, editou “Contos de N’Nori”, uma recolha de contos que evocam lendas e costumes populares, recordações de brincadeiras da juventude e as mudanças sociais e políticas da sociedade guineense. Constata-se que a literatura contemporânea bissau-guineense, nas suas diversas formas, tem uma constante : pela pluma dos seus escritores, ela retrata as desilusões, os medos e as aspirações da população perante a situação política, social e econômica que prevalece no país.


















Referência:
Disponível em: http; //www.didinho.org/resenhaliteraria.html.  
                       : http://portuguesafrica.com/unidade_de_ensino.htm.

 Acesso em:30/10/10.                                        
                                                  


























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