segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Poema/Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
Fernando Pessoa

Encontro histórico; beatles and so on

domingo, 29 de novembro de 2009

Para refletir/Abate humanitário



Abate Humanitário
Sérgio Greif - Pensata Animal nº 29 - Novembro de 2009
http://www.pensataanimal.net/


O que nos querem dizer quando falam em abate humanitário?

De acordo com certa definição, abate humanitário é o conjunto de procedimentos que garantem o bem-estar dos animais que serão abatidos, desde o embarque na propriedade rural até a operação de sangria no matadouro-frigorífico.

Humanitário... bem-estar... palavras muito fortes e que não refletem o que realmente querem dizer. Termos como “humanitário” e “bem-estar” deveriam ser aplicados apenas nos casos em que buscamos o bem do indivíduo, e não para as situações em que procuramos matá-lo de alguma forma.

Quando enviamos ajuda humanitária à África não estamos enviando recursos para que os africanos possam se matar de uma forma mais rápida e menos dolorosa. Não estamos pensando: “Bem, aquele continente vive na miséria, cheio de fome, doenças e guerras, vamos resolver isso matando-os”. Ajuda humanitária significa alimentos, água, remédios, cobertores... intervenções realmente em benefício daqueles indivíduos.

Quando falamos em bem-estar social, bem-estar do idoso, bem-estar da criança, não estamos pensando em outra coisa senão proporcionar o bem a essas pessoas. Jamais pensamos em métodos de matá-los com menos sofrimento, porque isso seria o contrário de bem-estar, seria o contrário do que consideramos humanitário.

Por isso, quando escutamos alguém falar em “abate humanitário”, isso soa como um contra senso. A primeira palavra representa algo que vai contra os interesses do indivíduo e a segunda encerra um significado que atende aos seus interesses. Igualmente, a idéia de “bem-estar de animais de produção” é um contra senso, pois a preocupação com o bem-estar implica em preocupar-se com a vida, e não visar sua morte ou exploração de alguma forma.

Essas duas idéias - abate e humanitário - só se harmonizam quando a morte do animal atende aos seus próprios interesses, como no caso em que o animal padece de uma enfermidade grave e incurável e a continuidade de sua vida representa um sofrimento. Nesses casos, a eutanásia, dar fim a uma vida seguindo uma técnica menos dolorosa, pode ser classificada como humanitária, e uma preocupação com o bem-estar.

As organizações e campanhas que pregam pelo abate humanitário alegam que esse é um modo de evitar o sofrimento desnecessário dos animais que precisam ser abatidos. Mas o que é o “sofrimento necessário” e o que diz que animais “precisam ser abatidos”?

O abate de animais para consumo não é, de forma alguma, uma necessidade. As pessoas podem até comer carne porque querem, porque gostam ou porque sentem ser necessário, mas ninguém pode alegar que isso seja uma necessidade orgânica do ser humano.

Porém, se comer carne é hoje uma opção, não comê-la também o é. Se uma pessoa sinceramente sente que animais não devem sofrer para servir de alimento para os seres humanos, seria mais lógico que essa pessoa adotasse o vegetarianismo, ao invés de ficar inventando subterfúgios para continuar comendo animais sob a alegação de que esses não sofreram.

A insensibilização que antecede o abate não assegura que o processo todo seja livre de crueldades, especialmente porque o sofrimento não pode ser quantificado com base em contusões e mugidos de dor. Qualquer que seja o método, os animais perdem a vida e isso por si só já é cruel.

Caso todo o problema inerente ao abate de uma criatura sensível se resumisse à dor perceptível, matar um ser humano por essa mesma técnica não deveria ser considerado um crime. Caso o conceito de abate humanitário fizesse sentido, atordoar um ser humano com uma marretada na cabeça antes de sangrá-lo e desmembrá-lo não seria um crime, menos ainda matá-lo com um tiro certeiro na cabeça.

Está claro que a idéia de abate humanitário não cabe, e nem atende aos interesses dos animais. Mas se não atende aos interesses dos animais, ao interesse de quem ele atende?

A questão é bastante complexa, porque envolve ideologias, forças do mercado, psicologia do consumidor e política, entre outros assuntos. O conceito de abate humanitário atende aos interesses de diferentes grupos (pecuaristas, grupos auto-intitulados “protetores de animais”, políticos, etc.) não necessariamente integrados entre si.

Pecuaristas tem interesse no chamado abate humanitário porque ele não implica em gastos para o produtor, mas investimentos que se revertem em lucros. A carne de animais abatidos “humanitariamente” tem um valor agregado. O consumidor paga um preço diferenciado por acreditar que está consumindo um produto diferenciado. Possuir um selo de “humanidade” em sua carne significa acesso a mercados mais exigentes, como o europeu. Além disso, verificou-se cientificamente que o manejo menos truculento dos animais reflete positivamente na qualidade do produto final, portanto, mudanças nesse manejo atendem aos interesses do pecuarista pois melhoram a produção e agregam ao produto.

Os chamados protetores de animais tem interesses no abate humanitário, mas não porque este é condizente com o interesse dos animais. Em verdade esses “protetores“ não se preocupam com animais, talvez sim com cães e gatos, mas não com animais ditos “de produção”. Esses “protetores de animais” não os protegem, eles os criam, depois os matam e depois os comem. Eles podem não criá-los nem matá-los, mas certamente os comem e mesmo quando não o fazem por algum motivo, não se opõe a que outros o façam.

“Protetores de animais” lucram com o conceito de abate humanitário, pois isso lhes rende a possibilidade de fazerem parte do mercado. Há entidades de “proteção” animal que se especializaram em matar animais. Sob a pretensão de estarem ajudando aos animais, elas mantém fazendas-modelo onde pecuaristas podem aprender de que forma melhorar sua produção de carne, leite e ovos e de que forma matar animais de uma maneira mais aceitável pelo ponto de vista do consumidor comum. Podem também lucrar servindo como consultores em frigoríficos.

Simultaneamente, essas entidades fazem propaganda no sentido de convencer o consumidor de que todo o problema relacionado ao consumo de carne encontra-se na procedência da carne, na forma como os animais são mortos, e não no fato de que eles são mortos em si. A fórmula é muito bem sucedida, pois essas entidades acabam gozando de bom prestígio entre pecuaristas e consumidores comuns, não se opondo a quase ninguém. Políticos vêem na aliança com essas entidades a certeza de reeleição, e por isso elas contam também com seu apoio.

Exercendo seu poder para educar as pessoas ao “consumo responsável” de carne, essas entidades não pedem que as pessoas façam nada diferente do que já faziam. Elas não propõe uma mudança de fato em favor dos animais, pois os padrões de consumo da população mantêm-se os mesmos e os animais continuam a ser explorados. A diferença está no fato de que essas campanhas colocam a entidade em evidência. A entidade se promove, deixando a impressão de que ela faz algo de realmente importante em nome de uma boa causa. Dessa forma as pessoas realizam doações e manifestam seu apoio, ainda que sem saberem ao certo o que estão apoiando.

Com a carne abatida de forma “humanitária”, o consumidor se sente mais a vontade para continuar consumindo carne, pois o incômodo gerado pela idéia de que é errado matar animais para comer é encobrida pela idéia de que, naqueles casos, os animais não sofreram para morrer. E o pecuarista lucra mais porque pode cobrar um preço maior por seus produtos, bem como colocar seus produtos em mercados mais exigentes.

De toda forma, os interesses desses grupos não coincide com os interesses dos animais, e por esse motivo não faz sentido que esses grupos utilizem nomenclaturas tais como como 'bem-estar' e 'humanitário', que podem vir a dar essa impressão.

Entidades que promovem o abate humanitário não protegem animais, mas sim promovem sua exploração. Elas estão alinhadas com os setores produtivos, que exploram os animais e não com os animais. Se elas protegessem animais trabalhariam pelo melhor de seus interesses. Seriam eles mesmos vegetarianos e não consumidores de carne. No entanto, adotando sua postura e sua retórica, não desagradam a praticamente ninguém, e dessa maneira enriquecem e ganham influência.

Entidades que realmente promovem o bem dos animais se esforçam em ensinar às pessoas que animais jamais devem ser usados para atender às nossas vontades. Elas devem se posicionar de forma clara a mostrar que comer animais não é uma opção ética, e que não importa que métodos utilizemos de criação e abate, isso não mudará a realidade de que animais não são produtos e que o problema de sua exploração não se limita à forma como o fazemos.

Ainda que uma campanha pelo vegetarianismo provavelmente conte com menos popularidade e menor adesão da população, até porque isso demanda uma mudança verdadeira na vida das pessoas, certamente uma campanha nesse sentido atende ao interesse real dos animais.

Ainda que reconhecendo que abater animais com menos crueldade é menos ruim do que abatê-los com mais crueldade, repudiamos que o abate que envolve menor crueldade seja objeto de incentivo. Eles não deveriam ser incentivados, premiados, promovidos ou elogiados, porque um pouco menos cruel não é sinônimo de sem crueldade, e só porque é um pouco mais controlado não quer dizer que é certo ou correto.



* * * * * * * *http://drauziomilagres.blogspot.com POST ORIGINAL

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dostoievski

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Livros mais vendidos

Os 5 mais vendidos - Ficção:
1) A Cabana - William Yaoung
2) Amanhecer- Stephaenie Meyer
3) Lua Nova -Stephaenie Meyer

4) Eclípse- Stephaenie Meyer

Os 5 mais vendidos - Não-ficção:

1) Honoráveis Bandidos- Palmério Dória
2) Mentes Perigosas-Ana Beatriz Barbosa Silva
3) Comer,Rezar e Amar-Elizabeth Gilbert
4) Nunca Antes na História Deste País - Marcelo Tas
5) O Andar do Bêbado - Leonard Miodnow
(Fonte: Revista Veja)

PIAF

VIA COMICA: AUTORIDADES INCOMPETENTES

VIA COMICA: AUTORIDADES INCOMPETENTES

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Filmes que todos devem ver um dia

completa, clique aqui. 12 Homens e uma Sentença (12 Angry Men - 1957)
Diretor: Sidney Lumet
Elenco: Henry Fonda, Lee J. Cobb, E. G. Marshall
8 ½ (8 ½ - 1963)
Diretor: Federico Fellini
Elenco: Marcello Mastroianni, Anouk Aimee
Apocalypse Now (Apocalypse Now - 1979)
Diretor: Francis Ford Coppola
Elenco: Marlon Brando, Martin Sheen, Robert Duvall
RolloverWhy You Should See It
A Mavalda (All About Eve - 1950)
Diretor: Joseph L. Mankiewicz
Elenco: Bette Davis, Anne Baxter, George Sanders
Ladrões de Bicicleta (Ladri Di Biciclette - 1948)
Diretor: Vittorio De Sica
Elenco: Lamberto Maggiorani, Enzo Staiola
Blade Runner - O Caçador de Andróides (Blade Runner - 1982)
Diretor: Ridley Scott
Elenco: Harrison Ford, Rutger Hauer, Sean Young
Casablanca (Casablanca - 1942)
Diretor: Michael Curtiz
Elenco: Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid
Cidadão Kane (Citizen Kane - 1941)
Diretor: Orson Welles
Elenco: Orson Welles, Joseph Cotten, Dorothy Comingore
Faça a Coisa Certa (Do the Right Thing - 1989)
Diretor: Spike Lee
Elenco: Danny Aiello, Ossie Davis, Ruby Dee
E.T - O Extraterrestre (E.T. the Extra-Terrestrial - 1982)
Diretor: Steven Spielberg
Elenco: Dee Wallace Stone, Henry Thomas, Drew Barrymore
O Exorcista (The Exorcist - 1973)
Diretor: William Friedkin
Elenco: Ellen Burstyn, Max von Sydow, Linda Blair
O Poderoso Chefão (The Godfather - 1972)
Diretor: Francis Ford Coppola
Elenco: Marlon Brando, Al Pacino, James Caan
007 Contra Goldfinger (Goldfinger - 1964)
Diretor: Guy Hamilton
Elenco: Sean Connery, Honor Blackman
A Primeira Noite de um Homem (The Graduate - 1967)
Diretor: Mike Nichols
Elenco: Anne Bancroft, Dustin Hoffman, Katharine Ross
Os Reis do Iê Iê Iê (A Hard Day's Night - 1964)
Diretor: Richard Lester
Elenco: The Beatles
Tubarão (Jaws - 1975)
Diretor: Steven Spielberg
Elenco: Roy Scheider, Robert Shaw, Richard Dreyfuss
Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia - 1962)
Diretor: David Lean
Elenco: Peter O'Toole, Alec Guinness, Anthony Quinn
Matrix (The Matrix - 1999)
Diretor: Larry Wachowski, Andy Wachowski
Elenco: Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie-Anne Moss
Tempos Modernos (Modern Times - 1936)
Diretor: Charlie Chaplin
Elenco: Charlie Chaplin, Paulette Goddard
Monty Python e o Cálice Sagrado (Monty Python and the Holy Grail - 1975)
Diretor: Terry Gilliam, Terry Jones
Elenco: Graham Chapman, John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin
Nosferatu (Nosferatu - 1922)
Diretor: F.W. Murnau
Elenco: Max Schreck, Gustave Von Wagenheim, Greta Schroeder
Glória Feita de Sangue (Paths of Glory - 1958)
Diretor: Stanley Kubrick
Elenco: Kirk Douglas, Ralph Meeker, Adolphe Menjou
Psicose (Psycho - 1960)
Diretor: Alfred Hitchcock
Elenco: Anthony Perkins, Janet Leigh
Pulp Fiction - Tempo de Violência (Pulp Fiction - 1994)
Diretor: Quentin Tarantino
Elenco: John Travolta, Samuel L. Jackson, Uma Thurman
Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark - 1981)
Diretor: Steven Spielberg
Elenco: Harrison Ford, Karen Allen, Paul Freeman
A Lista de Schindler (Schindler's List - 1993)
Diretor: Steven Spielberg
Elenco: Liam Neeson, Ben Kingsley, Ralph Fiennes
O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs - 1991)
Diretor: Jonathan Demme
Elenco: Jodie Foster, Anthony Hopkins, Scott Glenn

Cantando na Chuva (Singin' in the Rain - 1952)
Diretor: Stanley Donen, Gene Kelley
Elenco: Gene Kelly, Donald O'Connor, Debbie Reynolds
Quanto Mais Quente Melhor (Some Like It Hot - 1959)
Diretor: Billy Wilder
Elenco: Marilyn Monroe, Tony Curtis, Jack Lemmon
Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança (Star Wars - 1977)
Diretor: George Lucas
Elenco: Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher
Um Corpo Que Cai (Vertigo - 1958)
Diretor: Alfred Hitchcock
Elenco: James Stewart, Kim Novak
Asas do Desejo (Der Himmel über Berlin / Les Ailes du Désir, Alemanha/ França -1987)
Diretor: Wim Wenders
Elenco: Bruno Ganz, Solveig Dommartin, Otto Sander
O Mágico de Oz (The Wizard of Oz - 1939)
Diretor: Victor Fleming
Elenco: Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger
Mulheres À Beira de um Ataque de Nervos (Mujeres Al Borde de um Ataque de Nervios - 1988)
Diretor: Pedro Almodovar
Elenco: Carmen Maura, Antonio Banderas

domingo, 22 de novembro de 2009

Formação do professor

A formação do professor reflexivo constitui-se num argumento valiosíssimo para auxiliar o professor no seu projeto de ensinar. A partir de um processo reflexivo este docente poderá dispor de uma série de informações e percepções acerca da codificação realizada pelos alunos, para o seu processo de compreensão das comunicações recebidas que possibilitarão um ensino mais direcionado no sentido do professor se fazer efetivamente entender.

Para Pérez Gomez (1999) apud Libâneo, "a reflexividade é a capacidade de voltar sobre si mesmo, sobre as intenções, representações e estratégias de intervenção. Supõe a possibilidade (...) de utilizar o conhecimento à medida que vai sendo produzido, para enriquecer e modificar não somente a realidade e suas representações, mas também as próprias intenções e o próprio processo de conhecer."

Para Romanowski (2003), “a reflexão na ação é complexa: exige uma observação atenta de como os alunos resolvem as situações, com base nos seus conhecimentos. O professor poderá, pela reflexão na ação, compreender o entendimento figurativo que o aluno já traz. (...)”.

Como um dos elementos importantes da formação dos professores, pode ser entendido como um processo de ação – reflexão – ação no qual Libâneo (2002) propõe três categorizações:

"* Auto-análise: um processo de voltar-se a si próprio, sobre seu próprio conhecimento, permitindo a formação de uma teoria bem como a reorientação da própria prática;

* Relação entre reflexão e situações da prática através da qual permita a análise de uma situação concreta, propiciando um redirecionamento da prática a partir da experiência pensada, gerando uma ação-relação entre atos realizados e transformações apreendidas.

* Busca da compreensão da realidade através do movimento reflexivo, a fim de permitir o acompanhamento da dinamicidade das informações e relacionamentos sociais afim de construir um explicitação do real propiciando uma contextualização do momento histórico e social vivenciado."


Sem estes elementos reflexivos como referência torna-se complexa uma análise e uma compreensão do próprio sujeito historicamente constituído, fragmentando a sua visão de mundo e, consequentemente, a sua capacidade de ensinar.

Como um elemento importante na formação dos educadores a pesquisa não se faz presente no cotidiano de muitos professores. Nem enquanto ferramenta a ser desenvolvida nas próprias instituições, nem como informações fornecidas por intermédio da utilização de resultados de pesquisas realizadas em outras instituições.

Esta carência de relacionamento entre pesquisa e prática pedagógica leva a um círculo vicioso nestas instituições onde os problemas verificados no processo de ensino e aprendizagem acabam repetindo-se com freqüência.

Outro aspecto de relevante contribuição no processo de formação docente refere-se à reconstituição do memorial pessoal do docente a partir de sua história de vida, de suas experiências vivenciadas.

Segundo Romanowski (2003) o sujeito vai construindo seu saber através de um processo que contempla a reflexão acerca de seus avanços e recuos em função das relações que as experiências conduziram em relação ao conhecimento.

Esta dimensão ganha significância quando trabalhada durante o processo de formação de professores. Uma formação que não propicie a reflexão acerca dos pontos essencialmente pertinentes ao ensino pode permitir a retenção excessiva da “bagagem” cultural que o docente irá levar para a sala de aula, por vezes até inconsciente, da ação dos muitos professores que passaram em sua vida de estudante. Dependendo da influência pode trazer aspectos não adequados ao processo de ensino atual.

Para este processo de reconstrução os principais referenciais são o contexto familiar, o processo de escolarização e a vida profissional do indivíduo.

Para ensinar, o professor necessita de conhecimentos e práticas que ultrapassem o campo de sua especialidade. Estes conhecimentos são adquiridos basicamente como cita Benedito (1995) apud Pimenta e Anastasiou (2002):


"(...) o professor aprende a sê-lo mediante um processo de socialização em parte intuitiva, autodidata ou (...)seguindo a rotina dos “outros”.(..) Nesse processo, joga um papel mais ou menos importante sua própria experiência como aluno, o modelo de ensino que predomina no sistema (...) e as reações de seus alunos, embora não há que se descartar a capacidade autodidata do professorado. Mas ela é insuficiente."


Esta formação deve contemplar alguns princípios norteadores que possibilitarão o alcance dos objetivos visados de acordo com o pensamento de Pimenta e Anastasiou (2002):


* Dotar os professores de perspectivas de análise para compreender os contextos históricos, sociais, culturais, organizacionais nos quais se dá sua atividade docente, com condição de nela intervir.

* Trabalhar o conhecimento no processo formativo dos professores, realizando a mediação entre os significados dos saberes da docência no mundo atual e aqueles contextos nos quais foram produzidos.

* Desenvolver os conhecimentos com base numa metodologia de problematização e análise das situações da prática social de ensinar.

* Utilizar a pesquisa como princípio cognitivo na formação docente, propondo situações de investigação da realidade do ensino, de modo que se incorpore a pesquisa no percurso da formação e na prática dos professores.


Portanto, cabe ao professor articular o conhecimento de senso comum do aluno com o conhecimento científico, sabendo que o respeito ao que o aluno traz (senso comum) como saber é o primeiro passo para a mediação do professor, para que a construção de novos saberes (conhecimento científico) seja significativa para o educando.

Sanchotene et alli( 2005)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Route 66

A Rota 66 era uma rodovia norte-americana do U.S. Highway System. Foi estabelecida em 11 de novembro de 1926. Iniciava em Chicago, Illinois, passava pelos estados de Missouri, Kansas, Oklahoma, Texas, Novo México, Arizona e terminava na cidade de Santa Mônica, na Califórnia, totalizando 3.755 km. A mesma distância de Porto Alegre até a cidade de Aracaju no Brasil.
Em 1985 deixou de fazer parte do US Highway System. Existe atualmente como uma "Histórica Rota 66", sendo reconhecida pelo governo norte-americano por sua importância cultural, histórica e turística.
Uma das atrações as margens da rodovia é o Cadillac Ranch (Fazenda do Cadillac).
A estrada é berço do primeiro Motel e do primeiro McDonald's do mundo, e foi cenário de filmes como Easy Riders e Bagdá Café. (Fonte: Livro "Route 66 - Rota da aventura de Sergio Motta"")











quarta-feira, 11 de novembro de 2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Menino zangado

Greenpeace Angry Kid


This is a shocking video attempting to make people to wake up and realize the crimes they commit against their own future, their children's future.

One of the best I've ever seen.



The purpose was to awake and to shock and i believe it did it pretty good.



http://www.greenpeace.org/internation...



WARNING !!!

Just a simple advice to all s*$t-heads fat-a$s zombies around who write insulting comments: Take your head off your a$s and try to use it like normal people do. Do not even bother to write such comments because this site is moderated and everyone of you is banned and reported.

sábado, 7 de novembro de 2009

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Prêmio Jabuti 2009

Prêmio Jabuti 2009




 Categoria: Romance


                                                Manual da Paixão Solitária

Moacir Scliar (Companhia das Letras)







 Òrfãos do Eldorado
 Milton Hatoum (Companhia das Letras)



 Cordilheira
Daniel Galera(Companhia das Letras)






CONTOS E CRÔNICAS





1º lugar -"Canalha! - crônicas", Fabricio Carpinejar (Editora Bertrand Brasil)

2º lugar -"Ostra feliz não faz pérola", Rubem Alves (Editora Planeta do Brasil)

3º lugar -"Os comes e bebes nos velórios das gerais e outras histórias", Déa Rodrigues da Cunha Rocha (Auana Editora)
Dicionário inFormal

O dicionário de português gratuito para internet, onde as palavras são definidas pelos usuários.
Uma iniciativa de documentar on-line a evolução do português.
Não deixe as palavras passarem em branco, participe definindo o seu português!


http://www.dicionarioinformal.com.br/

Entrevistas com autores brasileiros

http://www.cronopios.com.br/perfil_literario/

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